Um Natal Por Truman Capote

Um Natal Por Truman Capote

Um Natal Por Truman Capote 1

Durante anos, rara vez eu vi a nenhum de meus pais. Meu pai tinha focos em Nova Orleans, e minha mãe, depois de se formar, começou a abrir caminho por si mesma, em Nova York. No que me dizia respeito, esta não era uma ocorrência desagradável.

Era feliz onde eu me achava. Tinha diversos parentes gentis comigo, tias e tios e primos e, sobretudo, “a uma” prima agora mais velho, com os cabelos grisalhos, uma mulher ligeiramente tullida chamada Sook. Miss Sook Faulk. Tinha outros amigos, mas ela era, de longe, minha melhor amiga. Até que aprendi a ler por mim mesmo, Sook me leu muitos contos, e parecia haver uma quantidade de neve na maioria deles. Deslumbrantes flocos de sonho deslizando pelo ar. Era algo com que sonhava; alguma coisa mágico e misterioso que queria ver e sentir e tocar.

é claro que nem sequer Sook nem sequer eu nunca o tínhamos feito; porventura, Não imagino como pôde refletir que eu veria neve em Nova Orleans, por causa de Nova Orleans é ainda mais quente. Mas o que mais oferece. Tentava infundirme coragem para empreender a viagem. Deram-Me um terno novo. Me pendurado pela lapela um cartão com o meu nome e o meu endereço.

Isso, se eu perdia. O caso é que ia fazer a viagem sozinho. No ônibus. No fim, todos pensaram que estaria a salvo com o meu cartão. Todos, não obstante eu. Ele estava com horror; raiva. Furioso com o meu pai, esse anormal, que me forçava a sair de minha moradia e a participar de Sook pro Natal. Tratava-Se de uma viagem de mais de setecentos quilômetros, pouco mais ou menos. Minha primeira parada foi no Mobile. Lá, mudei de ônibus, e depois de horas e horas por terras pantanosas durante a costa até regressar a uma cidade barulhenta, com bondes tintineantes e muita gente perigosa, com pinta estrangeira.

a Era Nova Orleans. E, de repente, ao descer do ônibus, um homem e me envolveu com seus braços e me exprimió a respiração; ria e chorava; um homem grande e bem aproximado, rindo e chorando. Disse: – você Não conhece-me? Você não conhece teu pai?

Eu tinha emudecido. Não falou uma só palavra até que, ao encerramento, durante o tempo que estávamos neste instante em um táxi, perguntei: – entretanto Não muito afastado. -Não, a moradia não. A neve. – O que neve? Acreditava que haveria um monte de neve. Olhou-Me com estranheza, contudo acabou por rir. Nunca tiver nevado em Nova Orleans. Ao menos que eu saiba.

  • Cinco Turismo activo
  • IMSS. UMAE #48. Unidade Médica de Alta Especialidade Gineco-Pediatria. (Insurgentes)
  • cinquenta – 150 euros
  • 1 História
  • 3 Cidades
  • Cachoeira O Manto da Noiva

Mas escuta: você ouve esse trovão? De certeza que vai chover. NÃO entendo o que é o que mais me assustou, se o trovão, os raios fulminantes que o seguiam, ou meu pai. Naquela noite, ao deitar-me, ainda estava chovendo. Recité minhas orações e eu rezei para estar logo de volta em moradia com Sook. Não sabia como ia poder dormirme, sem que ela me conceder o beijo de boa noite.

O correto é que não conseguia dormirme, de forma que me pus a meditar no que ia me transportar o Papai Noel. Queria uma faca com cabo de madrepérola. E um grande quebra-cabeça. Um chapéu de cowboy com um laço de rodeio.

Um rifle BB pra matar pardais. Também queria uma caixa de lápis. E, mais do que cada outra coisa, uma rádio, entretanto sabia que era inaceitável: não sabia da existência nem sequer a dez pessoas que tivessem rádio. Se recordar que era a data da Depressão, e no Profundo Sul eram poucas as casas que tinham rádio ou refrigerador. Meu pai tinha as duas coisas. Primeiro, não havia nada de que se orgulhar. Eu era um verdadeiro cara-de-campo.

cria em Jesus, e rezava conscientemente minhas orações. Estava convencido de que existia Papai Noel. E, em minha residência, Alabama, entretanto pra comparecer à igreja, nunca usava sapatos, nem sequer no inverno nem no verão. ERA uma verdadeira tortura ser arrastado pelas ruas de Nova Orleans dentro daqueles sapatos fortemente atados, quentes como o inferno, tão pesados como o chumbo. Não entendo o que era pior, se os sapatos ou comida. Na minha residência estava acostumado com o frango grelhado, com legumes estofadas, às feijão com manteiga, pão de milho e outras coisas reconfortantes.